sábado, 26 de fevereiro de 2011

O Andarilho no Deserto

Folhas caem sonolentas pelas beiradas
me emprestam a direção do vento
pra seguir na direção do catavento antigo,
Era o tempo dando volta nele mesmo e em mim

E este somente-nada que preenche o vazio
da casa sem quintal, de prato sem colher
que continua tocando minha ópera eterna
Era o tempo dando volta nele mesmo e em mim

Ainda pude caminhar a minha vida
e a soltei numa aureola de fumaça no ópio
Idéias vazias de contéudo algum e inteligível

Sem consciência das vinte e quatro estradas
e nem de quantas eu já passei do ponto de descanso.
Descaso é o tempo dando volta nele mesmo e em mim.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Monologo do meu homônimo Leopoldo.

Surpreso? Você deve estar tanto quanto eu estou louco. É de se esperar que não entendesse. Eu explico pra que vá embora de uma vez.

Eu resolvi me vingar. E seria até fácil acabar com toda a vidinha que trocara. Eram dois tiros, um nele e outro em você. O nele seria o da vingança e em você o da confissão, arrependimento e finalmente de perdão. Seria simples e eu não precisaria perder minha vida nisto tudo.

Lembrei agora do conto da cartomante. Mesma coisa, um destino travado pelo engano e pela apreensão. Mas não... A vingança nos dá lucidez e resolvi que tudo isso não vale o menor esforço. Esse meu demonio me disse isso...


"Quando no teu leito já velha olhar pra trás e lembrar teus dias lembra de mim e chora do futuro que não teve e da morte que já terias..."

Sim, acabei... Vá, vá sua idiota... Vá embora com sentença de liberdade perpetua. Vai que eu vou dormir agora. BATE A PORTA, CARALHO!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Seria bom te amar, mas como se te odeio demais?

Melhor correr porque se te encontrar no meio da rua...