domingo, 20 de junho de 2010

A Felicidade e o Poetinha

Ultimamente ando vendo o céu com mais clareza. As estrelas andam conversando, metidas comigo e conhecendo-me melhor do que já esperava em muitos. Também me pego dançando, mexendo de ombros, sorrindo mais que o normal. E não sorrisos fingidor, não. São sorrisos sinceros, de um coração que achei que já havia perdido. O coração da minha infancia, dos meu loiros cabelos encaracolados...

Lembrava da minha infância com tanto desdém, agora transformou-se em riso. E não é isto que Isaac significa, riso!? Lembrei-me de bons momentos, da felicidade que a vida é. E pra isso não precisei ser hipocrita, nem fui jogado no mar do amor nem da felicidade conjugal. Estou sendo feliz pelo simples fato de estar feliz...

E nisto agora estou sonhando. Estou virando um poetinha de verdade, e me fazendo melhor do que nunca.

Agora quero apenas que algo aconteça, e vai acontecer. E os olhos vão se abrir, e nesta hora eu estarei pro que der e vier. Olha, até fui clichê e nem me importei! Sim, menina. Estarei pro que der e vier, estarei pronto pra você me ver como sou realmente. Estarei aqui e lá...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Casa Abandonada, mademosseile.

Sonhei hoje acordando. Ouvia "Casa Abandonada" da banda Pública, olhando do ônibus o mundo que passava lá fora e que aos poucos me deixava tonto. Fechei os olhos por alguns poucos momentos. Me imaginei sozinho mesmo rodeado, apertado. Senti-me apático, sentimento nenhum de expressividade emocional, tudo comum.

Então abri os olhos e vi uma armação de óculos. A terceira armação da minha vida, uma corda do buraco da misericórdia. Sorri, não sabia o que dizia nem o que acontecerá. Importa? Talvez não, mas como disse, minha vida é a física moderna. A improbabilidade, a incerteza são meus aliados. Oh garoto mais inseguro!

É a vida, justifico. A vida me deixou nesta situação constragedora.

Olhei o João, sorri. O mundo é engraçado. Tão diferentes e tão iguais, tão complicados e no olhar se explicam tudo, tudo e um mundo. Não menina, não são sorrisos de malicia, são de compreensão. E eu sei que no fundo nós queremos que você também entenda tudo isso, mas você deve querer pra que isso aconteça.

Viveste pouco!? Jamais. Nunca se vive pouco, apenas se vive o suficiente. Um provável futuro te aguarda, e eu não vejo com bons olhos. Te salvar? Se permitir-me, mademosseile.

Caminhei a minha casa e olhei a lua, olhei e me lembrei de muitas historias. Me lembrei de um baixo cadente dançando ao fundo, o heavy-and-light do jazz subliminado. Na rua ainda constatei que insistir é necessário(forá João que me dissera desta vez). Mas a que custo, não tenho certeza.

Só tenho certeza que o amanhã vem. Ele sempre vem, não importa o que aconteça.

O amanhã sempre vem...

Por mim, por ti...

Olhei teus olhos, pequena
Vi tua boca e teus sorrisos
Suspirei calmamente no meu ócio
Fechei os olhos hoje e senti.

Imaginei-te ao meu lado
Sonhei com teus abraços
Mornos, calmos, salutos
E sorri tolamente por isso

Mas um gosto de escárnio senti na boca
o fel de que algo estava errado
Sempre tem que ser grande! Não peco nisto!

Então por uma grande infelicidade deixo de lado
a futilidade da astúcia e apenas peço
Peço que Deus te traga pra mim...

(Por mim, por ti...)

domingo, 13 de junho de 2010

Como Nunca Fora Antes

Sorri como quem vê uma figura
Quem vê a alma do amor chegando
E de todo se entrega desterrando
O fundo cálido de triunfo que me procura

Mas este passa, some.
E o sorriso se desfaz em pranto
E as lágrimas não fazem ver
Os instantes da consumação

Os olhos embaçados não deixam,
Eu tento enxugá-los, mas são muitos.
E tu me dizes, sou feliz.
E eu? E eu?

Ora! Poetas sofrem e eu morro...
Faço da minha dor a pior das mortes.
Daquela que ainda se vive, e não vive?
Vive. Vive-se por viver.

E tu me dizes, abri ao homem certo.
Então só posso sorrir
Sorrir com o choro dos poucos
Pois sei que este homem não sou eu.

Mas eu acordei hoje com uma vontade estranha
E com idéias não menos estranhas
Senti vontade hoje de dizer, amo-te.
E de fazer tudo ser perfeito...

Como nunca fora antes.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Lembrança de um toque de álcool e uma menina

Meu coração lembrou-se novamente do amor
Durante um instante vi tua cena perdida achada
Vi o mesmo sorriso, a mesma armação de óculos
E me lembrei dos breves momentos de ócio

Lembrei-me de momentos bons que eu tinha me esquecido
de um passado a muito perdido por mim
e por alguns instantes os achei em ti, sorrindo.
E na luxúria de ressucitar mortos, sonhei

Amei, e amei infinitamente nada naquele segundo
Parecia me perder em você, e não te senti nas mãos
Afundei! Ora quem dera?

Eu mergulhei no leve toque de álcool de um copo
E sorri largamente por um segundo pela lembrança
Que estou me enganando novamente, e de novo.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sofrido

A dor é grande, consome fortemente a alma num suspiro. Pareço me esquecer das idealizações, vejo as coisas com o escárnio da pureza. É a vontade de vomitar a agua morna e puríssima...

É a dor da falta de alegria.

É a alegria em preseça da dor.

Eu procuro, e não encontro. Busco e não acho, acho sorrisos. Acho as meninas, os dilemas adolescentes, acho uma futilidade do ócio.

Acho tudo grande besteira, acho tudo um ridicularismo.

Ando perdido, sofrido.

Seduzir

Esqueci em casa alguma coisa
Não me lembro bem o que direito
Sabe aquela sensação de falta
quando você acha que algo não está no lugar?

Penso que estou me sabotando
Eu estou destruindo-me aos poucos
tentando mudar o curso que eu escolhi
querem tentar me seduzir

Nunca meus olhos foram tão belos
Nunca falaram tanto de mim em festas do pijama
Nunca me buscaram tanto de lado

Querem me seduzir, eu sei disso
Mas quero meu mundo progressivo
Não me deixe amor sair daqui.