quinta-feira, 21 de outubro de 2010

No Estado Nirvana

Oco da cabeça pensante, vazia...
Olhos pesados vendo o horizonte negro das palpebras
e de um balanço cadente de ombro
imaginando outra definição de mundo

De luzes alaranjadas dos postes a noite
da fissura pelos sentimentos orgásticos
fortes, enebrientes e impacientes
Espera que é melhor, espera.

Espero ou não espero?
E se eu puder contar que tu não tens medo?
Medo não, mas e gosto, tem?

O jeito é te perguntar de todo o jeito.
Posso te pedir pra se entregar como me pediram?
Eu quero muito te proteger.

domingo, 17 de outubro de 2010

Pedido de Negação, aceito.

Minha tristeza cresce a cada palmo de orgulho
cada teoria se transforma em vazio
meu olhar expressivo já confundi
mas teu espelho vai te mostrar a realidade

Empunhos de um garrafa pela metade
de destilado e de todo ardor da alma
vejo com sobriedade toda a minha vida
e sei agora que não passa de uma chance

A minha vida será uma jogatina suja?
Por quem? Pra se viver quase bem?
Carregando a máxima súplice do pecado.

Eu te pedi, e tu não quiseras
não tomo como rejeição, é apenas uma negação
só quero que aceite o fato como eu aceitei.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Não te ouço...

A maior dor não é a de escrever
mas a de ouvir o coração.
Cê sabe o que ele diz?

domingo, 10 de outubro de 2010

Discurso ante o Poeta

Numa noite eis que o homem toma a verdade
que bate pesada em seu peito
a verdade do funeral do seu querido eu
o poeta que tanto amou, enfim morreu.

E nos seus olhos a dor tomada não expressa
ele apenas observa o caixão sendo velado
e o ultimo adeus aquele espelho
que pedia por ao menos um ultimo discurso

E assim eu disse:
Eu amei meu eu, com mais profundeza de ser
e este era minha segunda alma, a interior

Então neste ultimo momento de vertigem
frente ao espelho de minha propria essência
morro contigo e com meu amor.

(Eis que o homem se joga em direção ao espelho, ou como chamam, amor.)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Hedonismo I

Eu sei, já parece esquecido...

É natural que isto fosse acontecer. Que talvez, em algum momento, eu pudesse perder a forma e vontade que tinha de escrever quando comecei aqui a expor algumas idéias. E finalmente esta força que começou a alguns meses me abateu agora em cheio, e agora não tenho mais sobre o que dizer.

Por isso mesmo escrevo isto, esta tentativa frustrada de escrever até o porque de não estar escrevendo, procurando um motivo pra tal. Na verdade o fato é que o amor me leva a escrever e me motiva a pensar. Há de ser melhor, sempre.

Agora estou crucificado a idéia de que não posso mas fazer nada a não ser esperar, e me sentar por aí. Aproveitando figos, maçãs, loucuras...

Está é a vida do G.T.