terça-feira, 25 de maio de 2010

Nossas almas, duas numa.

O que acontece quando isso acontece!?
O que acontece quando nos encontramos?
E quando tu dizes, amo-te?
Eu não sei, e não importa muito, sabe?

Olhei pra nuvens ontem, e olhei quietinho
Fiquei me indagando, quem é você afinal?
Apareceu assim rápido, e foi instantâneo
Não consegui ter tempo de me iludir, foi certo.

Você é o lado doce da minha vida vintage
as cores do preto-e-branco do meu exterior
que é ruidoso, e que me deixa sem braços.

As flores rosadas me disseram, é o teu
e o dela, pra sempre. Não mentimos...
Não preciso crêr, eu sei minha alma silenciosa.

(...)

Não existe uma alma, mas duas. E não aceito réplica se não me calo e terminando meu charuto vou ao quarto. Sim, existem duas almas. Uma que olha de "fora pra dentro" e outra que vê de "dentro pra fora. A primeira tem o objetivo de expressar a que alma inteiror...

A alma exterior expressa os indícios da alma inteiror, os gostos, os amenos, enfim... o que eu acredito ser o eu-lírico. A alma exterior pode ser um cavalo-de-pau quando eramos crianças, o sorriso das meninas quando adolescentes, um emprego no governo quando mais velhos. Pode ser uma pessoa, várias pessoas, um estado, um livro, um voltarete, um botão...

Entendeu nossa sorte, amor? A impossibilidade de isso acontecer? É uma benção, se não for de Deus creio que ele não existe então.

Você e eu, temos um ao outro como alma exterior, e mudamos as regras da metáfisica. Acabamos nos tornando a mesma alma interior, somos inteiros... Somos.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Soneto pra qualquer um ter um bom dia

De olhar teu desenho mudei minha alma
E sonhei com um dia claro de sol
e com nuvens brancas de um verão
que não muda nunca de estação

Sonhei com pequenas carícias
e com a leve pressão dos meus dedo na sua cintura
com o teu olhar tentador
e me impressionei ao te ver sorrindo

Te abraço dançando no escuro
e teu beijo colorido descobre as sombras
que em nada parecem os monstros de criança.

Escolhi te enxergar de novo nessa poesia
Abrir meus olhos mais uma vez pra ti
Pra sonhar um pouco nesse calmo dia de verão...

(Please. Don't watch me dancing... Oh no. Don't watch me dancing.)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Tantra de Tantas

Procuro alguém que me ame. E digo isto com toda a seriedade do mundo, sem nenhum sorriso, sem nenhuma infância mal compreendida. Apenas o salvo-conduto, o pomos da concórdia, a minha alma cansada. Ela é minha salvação.

A minha alma cansada é meu abrigo, meu unico jeito de não parecer um sociopata. Nela eu me fecho por longos instantes e descobri graças aos deuses que a física clássica não se intromete lá dentro. Já amava a física quântica antes de saber de sua existência.

Amo as váriaveis, as probabilidades e ainda mais das improbabilidades. Amo o improvável, mas agora dependo do provável. Depende do teu amor provável. Sim leitor, preciso do teu amor incontrolável, preciso da tua ordem de núpcias. Preciso do teu coração por um instante...

Quero te mostrar o quanto eu queria alguém, o quanto meu coração chora as vezes. Conheces o coração maior que o mundo? Ah! Como preciso de teus pensamentos, e das tuas carícias na barba maliciosa, ou seriam tensos? Não seriam mais tensos, o tempo dos tensos incerrou-se de uma vez por todas. Faço disto lei!

Fechem as ruas, leitor. Ou seria meu leitor-amor? Já te amo e talvez nunca tenha te visto. Já comando e escrevo imperativos sem ao menos um envolvimento, ou como diria um amigo meu, sem um suquinho. Agora me encomodo, já estou incomodado com teu olhar, com tua leitura, não te quero mais como leitor!

Esqueça! Volte!

Como estou pra pontos de exclamação, para divagações, para o nada. E também estou poético, pensativo, rimando vez ou outra. Só que me dói, pareço que tenho que largar um antigo amor de ordem, tenho que esquecer e começar a escolher outro pra começar a escrever. Escrever por cima da pele e colocar meus poucos nomes que guardei na minha passagem pela vida.

Quer meu nome? Diga que sim... seja lá quem for. Te dou apenas um, e tu sentira a felicidade do mundo em tuas mãos, acredite. Meu coração é maior que o mundo, sempre foi.

Um abraço carinhoso, um beijo cadente, um jogo amoral. Preciso te amar, seja lá quem for.

domingo, 16 de maio de 2010

Do it yourself by yourself...

Fui a minha aula de Francês, ontem. Esperava por ela, fiquei de frente a porta. O tempo passou, a apreenssão cresceu e eu por um segundo passei pela mesma idealização cinematográfica de ver tudo em preto e branco, com closes seguros e colados ao beijo. Eu olhei pra janela e susperei cansado de tudo aquilo, o rosto se contraiu um pouco...

Derramei duas lágrimas. Enxuguei-as secretamente em sala e pedi a professora pra ir embora.

Agora me sinto novamente assim, distante de tudo o que eu acredito. Tentando mudar pra ver se algo se arruma e se encaixa novamente, mas talvez eu volte a ser o que era antes. Um velho cínico que sonha com o passado das idealizações.

Vou ouvir um pouco de punk, pensar um pouco nela, ou em ti, quem sabe?

Do it Yourself, baby? Yáh! Minha singela poesia do momento de sofrimento.

Estremeci a cada abrir de porta
À cada barulho
À cada toque de celular

Mas não eras tu
E foi tão urgente
tão repentino

Não pude me preparar
Mas continuo de esperando, françaisse.
Te esperando a chorar...



É, talvez seja isso. Do it yourself by yourself.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Tempo

Segunda-feira chuvosa, melancolica, triste.

Fiquei pensando muito tempo sobre minha vida, pensei no mundo e enxerguei-me sozinho. Percebi levemente que em meus amores fui colocado em posição menor, em menos, menos, sempre menor...

Fui colocado como algo que atrapalhava, em segundo plano, uma coisa que provavelmente traria problemas, mas infelizmente não me calei. Poderia em todos os casos mas tive que soltar o impeto daquela energia enebriante que o amor provoca nos que não tem mui grande futuro na vida.

Ah! Como sofri... Como aprendi, Deus!

Mas parece que cada vez é mais alto e os degraus parecem sempre mais e maiores.


... Parece que já esqueci do teu rosto. Mas não...

... Ele renasce na minha mente e me lembra que nada sou.

... Morri.