segunda-feira, 29 de março de 2010

Cansado.

Eu gosto da dor...

Sei que muitos leitores ficaram abismados, afinal não é meu costume ser tão categorico assim, mas o momento pede por esses extremos. Quem diria que a felicidade que parecia tão proxima agora apareceria apagada dessa forma?

Ontem senti que uma faca estava estacada em meu peito, e eu olhando para ela via paralisado ele apronfudar-se mais na carne e ir abrindo caminho pelo coração. Como foi bom sentir aquilo, a dor do sentimento. Juro que senti arrepios e sorri, se não ri...

Riu da dor, sorriu do meu sofrimento...

Sinto-me tão mal e mesmo assim tão bem. Entretanto algo ainda me comove, porque querer a outros se eu quero a ela? Porque no final ainda vale a pena. Se não valesse estaria aos pulos, mas ainda estou junto.

Resolvo por fim andar por aí. Voltar a minha triste e tolamente feliz procura por alguem pra amar. Mas pareço já tão cansado que não consigo andar. Posso ficar mais um tempo aqui?

sexta-feira, 26 de março de 2010

Colorido das Folhas Secas do Outuno.

Eu nunca vi o outono, sou manauara. Mas já vi muitas folhas secas cor de outono e por isso me intitulo como se soubesse. Talvez o meu outono manauara seja melhor...

Ele é gelado com o barulho da chuva. Os longos trovões são apenas mais um dos intrumentos desta grande orquestra que é a vida. Os olhos estão escuros, muito mais do que pensei em vê-los. A noite é longa também, o vinho também ainda está cheio na garrafa...

Estou ficando cansado, complicado, enfim menos homem. Pareço mais caústico, e as pessoas passaram a não gostar deste lado tão básico. Elas passaram a reclamar em tons indiscutidos, de formas não tão felizes. Estou me separando, me afastando e todo mundo percebe isso...

Já viram quando a chuva passa, as folhas começam a ser iluminadas por um sol amarelo e forte. Parece linda a imagem na cabeça de alguns mas eu repudio esta imagem, sinto nojo. Minha felicidade esta no outono, num amor sem grandes promessas, nos pequenos gestos.

As pessoas dizem-me, piegas! Mas me sinto tão racional, ou será que já raciocino com o coração? Se tiverem a resposta me digam, ou você mesmo...

Manaus esta ficando bonita, as praças, as mangueiras, as ruas de pedra e o longo sentimento "Belle Epoque" domina a antiga nova metropole. Acho que a "Belle Epoque" também me dominou...

Amém.

terça-feira, 16 de março de 2010

I'm Alone Here

Os espaços negros consomem o claro
Faz do quente um frio embaraço
Do infinito anuário de uma semana
que traz os suspiros-gemidos da sofrega cama

Dança prenda, menino!
Canta no ócio aquela musica terna.
Pede-me pela carência da primeira ordem
Faz-me sonhar teus sonhos contigo

Sozinha? Não contigo.
Morto? Não em teus braços.
Não? Sim, sinto teus lábios.

Arquejados, mornos, embaçados
quando fecho os olhos te sinto comigo
mas ao abrirem apenas se vêem... sozinhos...

(I'm alone here.)

quinta-feira, 11 de março de 2010

O Somente-Nada

Sabe quando você ama, e ama de verdade. Seus olhos nos da pequenina, um olhar profundo, um mundo. Ai tu pensas no tudo, no meio e por fim no nada. Pensas nela, mas não exatamente nela. É porque você realmente não pensa nela, nem no tudo, nem no nada...

Este é o Somente-Nada.

Teoria do Somente-Nada.

sábado, 6 de março de 2010

Das Salas de Aula ao Canto do Sono: mudando o foco, a estruturas mas nunca o fim.

Era sexta-feira, aniversário do instituto. Pensem comigo se eu teria a simples idéia de continuar naquele lugar, assistir as formalidade de um "aniversário". Não aguento nem as dos familiares, quem diga de um instituto. Resolvi marcar antes de sair com uma garota, uma garota bizarra.

Ao telefone ela me disse que teria que ir a Universidade Federal daqui afim de pegar uns livros da biblioteca, afim de fazer um projeto de seu curso de designer. Marcamos de nos encontrar numa para, além de levar um vinho e um copo da sorte. Fato é que nos encontramos, vinho meu, copo da sorte dela.

Chegamos a Universidade, caminhamos pouco, bebemos por inteiro a garrafa e ficamos meio tontos terminando de comer esfirras de catupiry. O sono nos levou ao "canto do sono", um lugar calmo com bancos de concreto lisos e chamativamente simples. Na verdade vocês que lêem imaginam um dia de risos, sorrisos, putaria...

Mas não fora, foram pouco sorriso. Fora conversas, sonolência, paz e tranquilidade apenas para beber e conversar. O meu tipo de diversão, sem grandes casos, nada marcado, pensado, tudo natural e feliz.

Por fim estou com uma sensação de que ainda não havia gozado por inteiro, uma sensação de... suavidade.

Suave, isto. Me sinto suave...

Me sinto eu mesmo.