Sonhei hoje acordando. Ouvia "Casa Abandonada" da banda Pública, olhando do ônibus o mundo que passava lá fora e que aos poucos me deixava tonto. Fechei os olhos por alguns poucos momentos. Me imaginei sozinho mesmo rodeado, apertado. Senti-me apático, sentimento nenhum de expressividade emocional, tudo comum.
Então abri os olhos e vi uma armação de óculos. A terceira armação da minha vida, uma corda do buraco da misericórdia. Sorri, não sabia o que dizia nem o que acontecerá. Importa? Talvez não, mas como disse, minha vida é a física moderna. A improbabilidade, a incerteza são meus aliados. Oh garoto mais inseguro!
É a vida, justifico. A vida me deixou nesta situação constragedora.
Olhei o João, sorri. O mundo é engraçado. Tão diferentes e tão iguais, tão complicados e no olhar se explicam tudo, tudo e um mundo. Não menina, não são sorrisos de malicia, são de compreensão. E eu sei que no fundo nós queremos que você também entenda tudo isso, mas você deve querer pra que isso aconteça.
Viveste pouco!? Jamais. Nunca se vive pouco, apenas se vive o suficiente. Um provável futuro te aguarda, e eu não vejo com bons olhos. Te salvar? Se permitir-me, mademosseile.
Caminhei a minha casa e olhei a lua, olhei e me lembrei de muitas historias. Me lembrei de um baixo cadente dançando ao fundo, o heavy-and-light do jazz subliminado. Na rua ainda constatei que insistir é necessário(forá João que me dissera desta vez). Mas a que custo, não tenho certeza.
Só tenho certeza que o amanhã vem. Ele sempre vem, não importa o que aconteça.
O amanhã sempre vem...
quinta-feira, 17 de junho de 2010
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